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"COMO A EJA MUDOU A VIDA DELES"

Que mais de 3,6 milhões de estudantes estejam matriculados na Escola para Jovens e Adultos é uma conquista; que as taxas de evasão no Ensino Médio ainda sejam tão altas, não é

Por: Paula Salas, Laís Semis

Para o Ministério da Educação (MEC), os números refletem a taxa de insucesso dos anos finais do Fundamental e Ensino Médio. Do total de matriculados na EJA, 2,17 milhões tentam completar o Ensino Fundamental, enquanto 1,42 milhão estão em busca do diploma do Ensino Médio. "Há um analfabetismo jovem. É inaceitável que pessoas nascidas no final da década de 1990, que tiveram oportunidade de acesso à Educação, componham esse percentual tão alto", disse Maria Helena Guimarães, secretária-executiva do MEC, na cerimônia de divulgação dos dados do Censo Escolar deste ano. Pelo levantamento, a região que mais concentra alunos nessa modalidade é o Nordeste, com 1,41 milhão. Diante dos dados, Maria Inês Fini, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Censo, lamentou o perfil jovem dos alunos. "A EJA é uma ação compensatória, que tem recebido mais jovens que poderiam estar sendo atendidos pelo ensino regular". Até alguns anos, muitas das matrículas estavam associadas à falta de acesso à Educação Básica: distância entre casa e escola, dificuldade de transporte (principalmente em zonas rurais e periféricas), problemas domésticos e desdobramentos de casos de preconceito e bullying.

Apesar desse cenário, a EJA tem sido uma oportunidade de mudança de vida para os alunos que não tiveram acesso à escola no passado ou que deixaram essa oportunidade para trás.

Contribuição da EJA

A EJA possibilita não só para os alunos a oportunidade de retomar o conhecimento e descobrir novos saberes, como proporciona também ao professor a desejar a busca constante de aprendizados diários a fim de tornar-se um profissional cada vez mais capacitado e coerente.

Muita informação, pouco conhecimento.

O professor Mário Sergio Cortella nos explica a relação entre conhecimento e informação. Esclarecendo que a informação é cumulativa e o conhecimento seletivo.

A partir daí, entendemos que o conhecimento é o que absorvemos das referências que nos são passadas. Dentro da escola por exemplo, recebemos um enorme número de informações e sem focar no que é importante, utilizando a memória como principal instrumento de aprendizagem. A informação deveria ser apenas a base para o conhecimento.

Clique na imagem para assistir ao vídeo.

A memorização e o professor mediador.

A charge retrata o professor com toda a informação, repassando de forma automática. Incentivando a memorização e o acumulo de conteúdos, sem selecionar o que de fato seria importante. 

O professor deve ser o mediador, trabalhando de forma que exista o dialogo com o aluno e o auxile a construir seu próprio conhecimento. Se colocando entre o aluno e a aprendizagem. 

Mediar é facilitar o processo para que a informação se transforme em conhecimento e gere novas aprendizagens. O professor tem um papel fundamental na construção de novos saberes, o conhecimento descentraliza-se e flui havendo um encontro democrático, afetivo e efetivo em que os dois , professor e aluno aprendem juntos.

É necessário ter intencionalidade e disponibilidade para instigar o aluno a abraçar o conhecimento, provocar reflexões, despertar o desejo de aprender, fazer conexões contribuindo para a realização da construção autônoma e crítica do conhecimento.  


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